Parque Natural do Tejo Internacional

Parque Natural do Tejo Internacional

O Parque Natural do Tejo Internacional abrande uma área onde o rio Tejo faz fronteira entre Portugal e Espanha. A Área portuguesa ocupa um total de 26 848 Hectares nos concelhos de Castelo Branco, Idanha a nova, Vila Velha de Rodão e Nisa. O sítio foi declarado reserva da biosfera transfronteiriça pela UNESCO em 2016.

Os vales encaixados dos rios Tejo e Erges apresentam um carácter selvagem que lhes confere grande valor cénico e em encostas erguem-se afloramentos em forma de escarpa formando verdadeiros gargantas rochosas como a de Segura.

A vegetação do Parque Natural do Tejo Internacional é característica das paisagens meridionais, montados de sobro e de azinho, zonas de olival denso por vezes com socalcos e estepes.

A Fauna é diversificada e entre as espécies mais visíveis para os visitantes encontram-se os veados e várias aves emblemáticas: a rara cegonha preta que é o símbolo do Parque Natural do Tejo Internacional, o grifo, o abutre-do-egipto ou a águia-de-bonelli.

Os mamíferos do Parque Natural do Tejo Internacional incluem também a lontra-europeia, o gato-bravo, o veado-vermelho e a gineta. Ao todo se inclui 154 espécies de aves, 44 de mamíferos, 15 de anfíbios, 20 de répteis, 12 de peixes e 153 de insetos.

Este território do Parque Natural do Tejo Internacional está ainda integrado no Geopark Naturtejo da Meseta Meridional, class ificado pelo seu vasto património geomorfológico, geológico, palentológico e geomineiro.

A nível gastronómico os sabores mais genuínos são os queijos da Beira Baixa e de Castelo Branco fabricados segundo técnicas tradicionais, o Mel, o Azeite, o borrego e o cabrito. Espécies autóctones são a ovelha Merina da Beira Baixa e a cabra Charnequeira.

Os percursos pedestres descritos em baixo e passeios de barco no Tejo são a melhor opção para conhecer a beleza do Parque Natural do Tejo Internacional.

Parque Natural do Tejo Internacional

Parque Natural do Tejo Internacional – Percursos Pedestres

GR12 E7 Rota de Idanha

A Rota de Idanha é um dos percursos da grande rota GR 12-E7, percurso transeuropeu cujo início é na Torre Vasco da Gama, em Lisboa, termina-se na cidade romana de Constanza.

Este percurso inicia-se a beira da Igreja Maior de Idanha-a-Nova, atravessa a barragem e o parque de campismo da vila e dirige-se ao Santuário da nossa Senhora do Almurtão.

O percurso continua até Alcafozes e Idanha-a-Velha. Esta antiga cidade, a Egitania Augusta dos romanos, convida com total segurança a fazer um prolongado descanso nela, não há dúvida que o seu conjunto monumental e o seu entorno natural são suficientes para justificar uma completa visita.

Desde este ponto a rota tem uma subida, para descer mais tarde até o Santuário da Senhora da Azenha e desde lá, subir às escarpas quarcíferas de Penha Garcia. Em último lugar, este trajeto de grande percurso baixa a Pedras Ninhas, atravessa Monfortinho e chega até as Termas desta localidade, onde o rio Erjas marca a fronteira com a entrada do território espanhol.

Tipologia Linear
Distância 80Km
Duração aproximada Variável, em vários dias
Piso: Caminhos rurais
Grau de dificuldade Médio a Alto
Local de Partida Igreja Matriz de Idanha-a-Nova
Local de Chegada Ponte do Rio Erges – Parque Natural do Tejo Internacional

PR 1 IDN – Rota dos Abutres

O percurso inicia-se junto à Igreja Matriz de Salvaterra do Extremo, rumando ao antigo posto da guarda-fiscal (Caseta, como aqui é conhecido) pelo caminho (quelha) que lhe dá acesso. Junto a esta Caseta existe um observatório de aves do qual se avista o “Castilho de Penafiel”, logo ali em território da Estremadura Espanhola.

É neste local que nidifica e tem o seu habitat uma importante colónia de grifos (abutres). O percurso prossegue até à Fonte da Ribeira, junto ao rio Erges, podendo observar-se também, antigas azenhas, o leito apertado do rio formando rápidos e duas antigas fontes, que davam de beber à população local nas alturas mais secas do ano.

Agora o percurso prossegue para norte, por um pequeno trilho, ao longo do rio, chegando a um local onde termina uma estrada de asfalto e onde outrora existiu um açude. Estamos no Vale da Idanha, ponto de confluência da ribeira de Arades com o rio Erges. Daqui ruma para noroeste, para os Currais da Arveola e depois para Vale das Eiras, onde existe um antigo campo de futebol.

Ruma-se à esquerda pela estrada de asfalto, que se percorre durante 800 metros, voltando a entrar, à direita, num caminho muito antigo, entre-muros. Depois de um pequeno troço de asfalto pela estrada de Segura, toma-se à esquerda a “Quelha de Segura”, caminho empedrado de que somente resta um troço de 1500 metros até Salvaterra.

No interior da aldeia percorre ruas antigas e estreitas, passa no pelourinho e termina no Largo do Adro da Igreja.


Tipologia Circular
Distância 10,5Km
Duração aproximada 3:00h a 4:00h
Piso: Caminhos rurais
Grau de dificuldade Médio
Local de Partida Igreja Matriz de Salvaterra do Extremo
Local de Chegada: -Parque Natural do Tejo Internacional- Igreja Matriz de Salvaterra do Extremo

PR 2 IDN – Rota da Egitânea

Este percurso pedestre inicia-se no parque de campismo de Idanha seguindo para norte ao longo de uma vedação que delimita a barragem. Depois de atravessar a ribeira das Fragas por um passadiço de madeira, atravessa de seguida um muro por um outro passadiço, este em escadote e, subindo entre azinheiras, atinge um ponto alto onde existem umas ruínas.

Inicia-se suave descida em direcção à margem da barragem. Antes de ali chegar, junto a um poço com uma velha nora, toma-se o caminho da direita que conduz directamente até Idanha-aVelha, por entre cercas onde pastam pachorrentas manadas de bovinos.

Termina junto da escola primária. O regresso faz-se pelo mesmo caminho pelo que, para a ida e volta, temos que contar com 17 km. Este PR pode servir como variante ao GR12-E7 “Rota de Idanha”.

Início: Parque Natural do Tejo Internacional – parque de campismo de Idanha
Final – Idanha-a-Velha
Âmbito – desportivo, cultural, ambiental e paisagístico
Tipo de percurso – de pequena rota, por caminhos rurais e tradicionais
Extensão – 8,5 km (17 km ida e volta)
Duração – 2,5 horas
Nível de dificuldade – baixo
Desníveis – pouco significativos

PR 3 IDN – Rota dos Fósseis

Penha Garcia surge no horizonte como um apelo. A partir do que resta da velha fortaleza, a povoação desprende-se das cristas da serra em direcção à planície, configuração que lhe valeu o epíteto de aldeia presépio. Na zona antiga, o casario apresenta, ainda hoje, inúmeros exemplares de arquitectura tradicional, onde ao quartzito e xisto mais abundantes se misturam alguns elementos de granito.

O branco da pequena Capela do Espírito Santo, única do seu género dentro da povoação, ressalta pelo contraste com o ambiente que a envolve. Memória dos poderes de um outro tempo, o Pelourinho de Penha Garcia é um dos exemplares mais interessantes que podemos observar na região, datando do reinado de D. Sebastião e com a particularidade de se encontrar assinado pelos seus autores – Estêvão Simão e Domingues Fernandes.

Daqui, o caminho acompanha a encosta, sempre a subir em direcção à Igreja Matriz e ao Castelo. A primeira é obra recente que esconde uma existência de vários séculos, testemunhada pelas imagens que guarda no seu interior, onde se destaca a Virgem do Leite, escultura gótica em pedra de ançã, de mestre João Afonso e que, como se inscreve na peanha, “Frei Álvaro de São Paulo a mandou fazer no ano de 1469”; já o Castelo, derradeiro vestígio da fortaleza que outrora protegeu a aldeia, é hoje um soberbo miradouro.

É precisamente a partir daqui que podemos ver, para norte e em toda a sua grandiosidade, as arribas que envolvem o vale encaixado do rio Pônsul, que nasce não muito longe daqui. O sul, por seu lado, é um imenso horizonte a perder se vista, numa suave ondulação de relevos, crispada aqui e além por um ou outro ponto, onde se destaca, inevitavelmente, o cabeço de Monsanto.

Tipologia Circular – Temático
Distância 3Km
Duração aproximada Variável com o tempo de observação
Tipo de piso: Caminhos pedonais
Grau de dificuldade Baixo
Local de Partida Largo do Chão da Igreja, Penha Garcia
Local de Chegada Largo do Chão da Igreja, Penha Garcia – Parque Natural do Tejo Internacional

PR4 IDN Rota das Minas

A rota tem início no posto de turismo de Segura, situa-se por cima das antigas instalações do posto da Guarda Fiscal. Da parte de trás desta instalação surge uma estrada que leva a seguir até uma rua pedregosa para subir até a aldeia de Segura. O sendeiro adentra-se no núcleo da povoação e vaguea até atravessar a estrada em direção noroeste para tomar um caminho de terra que nos leva até as hortas da aldeia.

Em seguida, o percurso desenvolve-se pelas ruas com muros de pedra até atingir o primeiro dos cruzamentos. A seguir, por volta duns 200 metros, encontram-se os restos da exploração mineira onde se triturava, lavava, secava e fundia o material extraído.

Voltando ao percurso principal, passa por diante dum antigo jazigo de chumbo entre olivais, onde se chega mais uma vez à estrada N-355. Uns 500 metros depois em direção norte se observam as estradas à mina de estanho e volfrâmio que ao longo do século XIX foram intensamente exploradas.

De regresso a Segura, o percurso volta à esquerda, onde se estreita quando atravessa o barrocal até descer até o vale do rio Erjas, transita pela Fonte da Furtosa e chega até a orla deste rio, de grande beleza e importante valor ecológico.

A rota continua pela mesma ribeira do Erjas e decorridos 400 metros temos dois pequenos moinhos ou azenhas, um em cada margem. Atravessando o moinho de São Roque e desde aqui, voltamos a descer até posto de turismo, desde onde temos acesso à ponte de Segura, de origem romano e caráter fronteiriço.

Desde este lugar existem uma excelentes vistas panorâmicas, tanto da aldeia como do canhão fluvial de Eljas, na orla portuguesa e na orla espanhola.

Tipologia Circular, com troços de ida e volta
Distância 10Km
Duração aproximada 3:00h a 4:00h
Tipo de piso: Caminhos rurais
Grau de dificuldade Baixo a Médio
Local de Partida – Parque Natural do Tejo Internacional – Turismo Posto Guarda Fiscal
Local de Chegada Turismo Posto Guarda Fiscal

PR5 IDN Rota dos Barrocais

O percurso tem início às portas do posto de turismo de Monsanto e começa com uma subida pela primeira rua à direita até chegar as últimas casas da aldeia pelas ruas empedradas e onde os enormes penedos graníticos fazem parte das estruturas das vivendas e quintais.

Na subida ao cerro granítico as vistas panorâmicas do entorno são cada vez melhores e as formações geológicas tornam maior a atenção do visitante.

O percurso passa entre dos grandes penedos conhecidos como “Penedos Juntos” e continua até chegar aos vestígios de antigos muros que dão uma ideia da existência neste lugar de uma povoação, São Miguel, do que ainda se conservam as ruínas da igreja e algumas sepulturas antropoformes. O percurso continua direção sul, até um arco de pedra, o que foi um dia a capela de São João.

Voltando ao percurso, chegamos até o castelo de Monsanto, do que ainda se conservam um recinto amuralhado, a capela da Santa Maria, o algibe e as ameias do muro, e as portas “Falsa” e “da Traição”.
A segunda opção deste percurso tem como início Monsanto e percorre as ruas medievais para se adentrar nas ruas estreitas que moderam entre hortas, sobreiros e azinheiras.

Tipologia Circular
Distância 4,5Km
Duração aproximada 2:00h a 2:30h
Tipo de piso, Caminhos rurais
Grau de dificuldade Médio
Local de Partida Posto de Turismo, Monsanto
Local de Chegada Posto de Turismo, Monsanto no Parque Natural do Tejo Internacional

PR 6 IDN – Rota do Erges

A Rota do Erges é um percurso pedestre circular com cerca de 5 km que decorre em torno das Ternas de Monfortinho, iniciando-se junto ao Posto de Turismo e dirigindo-se de seguida para o rio Erges onde percorre a margem direita até aos jardins do Balneário Termal.

Tipologia Circular
Distância 5Km
Duração aproximada 2:00h a 2:30h
Tipo de piso, Caminhos rurais
Grau de dificuldade Baixo
Local de Partida Posto de Turismo, Termas de Monfortinho
Local de Chegada Posto de Turismo, Termas de Monfortinho

Pode consultar aqui toda a informação sobre os outros parques naturais de Portugal.

Parque Natural Sintra Cascais, Parque Nacional Peneda Gerês, Parque Natural da Arrábida, Parque Natural Serras de Aire e Candeeiros, Parque Natural do Sudoeste Alentejano, Parque Natural da Serra São Mamede, Parque Natural da Ria Formosa, Parque Natural da Serra da Estrela, Parque Natural de Montesinho, Parque Natural do Litoral Norte, Parque Natural do Douro Internacional.

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