Parque Natural do Douro Internacional

Parque Natural do Douro Internacional

O Parque Natural do Douro Internacional tem uma área de cerca de 87 000 hectares e fica localizado na fronteira entre Portugal e Espanha. Abrange os municípios de Mogadouro, Miranda do Douro, Freixo de Espada à Cinta e Figueira de Castelo Rodrigo. Foi Classificado pelo Decreto-Lei nº 8/98, de 11 de Maio.

No Parque Natural do Douro Internacional também abrange uma extensa superfície adjacente ao rio Douro. A vegetação é dominada pela azinheira localmente conhecida por carrasco, destacando-se ainda a presença de bosques de zimbro, sobreirais e manchas de carvalho-negral.

A densidade populacional é baixa, mas a atividade agropecuária é extremamente importante na definição da paisagem. A cultura extensiva de cereal cria biótipos estepários importantes para a avifauna, e o mosaico de “habitats” criado pelos lameiros, vinhedos, e olivais conferem a esta área uma elevada biodiversidade.

O Parque Natural do Douro Internacional é uma região fundamental para a conservação da avifauna rupícula nomeadamente o abutre-do-egipto e a águia de boneli. Curiosos pombais pautam uma paisagem severa que adquire expressão dramática nas arribas do douro.

O Mirandês reconhecido como segunda língua oficial de Portugal desce 1999 é mais uma das surpresas que o extremo nordeste de Portugal nos reserva. O Parque Natural Arribes del Duero na margem Espanhola, complementa a proteção desta zona fronteiriça em termos de conservação da natureza.

Os mamíferos com maior estatuto de conservação no Parque Natural do Douro Internacional são o lobo ibérico e vários morcegos como o morcego-rato-grande e uma colónia de hibernação de morcego-de-peluche.

O Parque Natural do Douro Internacional é abrangido pela Zona de Proteção Especial do Douro Internacional e Vale do Rio Águeda, da Rede Natura 2000.

Parque Natural do Douro Internacional

Parque Natural do Douro Internacional – Percursos Pedestres

Parque Natural do Douro Internacional - Percursos Pedestres

1 -Percurso Almofala – Santo André das Arribas

Breve descrição : O percurso inicia-se na capela de Santa Bárbara a norte de Almofala, seguindo em direção ao Águeda até ao castro de Santo André das Arribas, onde se erguem duas capelas com o mesmo nome, a mais antiga em ruínas. A entrada no recinto das capelas é flanqueada por dois berrões proto-históricos.

Aqui é possível fazer um pequeno percurso de menos de um quilómetro em torno do cabeço. São visíveis construções tradicionais, derrubes que restam da antiga muralha e de muros mais recentes de socalcos e, do lado setentrional, uma excecional tomada de vista sobre o vale do Águeda.

A partir da entrada do recinto, e seguindo um trilho que se dirige para leste, atinge-se uma vereda que serpenteia ao longo das arribas, troço em que se alerta para uma atenção redobrada pela perigosidade do declive. Bordejando um campo que assinala o fim da vereda, a sinalética indica a direção sul e, através de caminhos vicinais, o sentido inflete para oeste, já com Almofala à vista, até à capela de Santa Bárbara.

Pontos de interesse
Património arqueológico (esculturas zoomórficas proto-históricas, castro de Santo André das Arribas, ruínas da capela de Santo André), paisagem do vale escarpado do rio Águeda, pombais tradicionais, paisagem rural (vinhas, parcelas cerealíferas e montados de sobreiro), casario tradicional em Almofala, azinheira centenária.

Acesso: a partir de Figueira de Castelo Rodrigo siga as indicações para Almofala. Se vier de norte (Barca d’Alva), ao chegar a Escalhão siga para Mata de Lobos e depois para Almofala.
Ponto de partida e chegada: Capela de Santa Bárbara, a norte de Almofala.
Extensão: Cerca de 6,5 km.
Duração: 3 h.
Dificuldade: Média.
Apoios: Parque Natural do Douro Internacional – Sinalizado com marcas e presença de painéis interpretativos.

2 -Percurso Miranda do Douro – S. João das Arribas

Breve descrição: O percurso corresponde a um circuito a efectuar por via pedonal, de bicicleta ou a cavalo. Parte de Miranda do Douro, segue para norte por caminho vicinal, pelo bairro da Terronha, até à povoação de Vale de Águia, prosseguindo até Aldeia Nova e daí até ao castro de São João das Arribas, sobranceiro ao vale do Douro.

O regresso é feito por caminhos vicinais rumo a oeste, passando em Aldeia Nova e Pena Branca, caminhos que no troço final tomam o sentido sul e acompanham o Rio Fresno até chegar a Miranda.

Pontos de interesse
Entre os pontos de interesse contam-se a Sé e as muralhas de Miranda do Douro e a paisagem de escarpas rochosas das arribas do Douro.
Sé de Miranda – foto de António Martinho Baptista S. João das Arribas – foto de António Martinho Baptista.
É frequente a observação de Grifos e Abutres do Egito. A Cegonha-preta, a Águia-real, o Bufo-real, a Gralha de bico vermelho e o Andorinhão são outras aves rupícolas que também ocorrem nesta área.

Ao longo do percurso a paisagem é marcada pelos lameiros, bosques de azinheira e carvalho e pelos elementos da arquitetura vernacular, moinhos, “corriças”, picotas, fontanários, pombais.

O itinerário atravessa o casario tradicional em Vale de Águia e em Aldeia Nova, passa junto ao centro dedicado ao burro mirandês da AEPGA, em Pena Branca, e é bordejado por campos onde campeiam as raças autóctones, o burro e vaca mirandeses.

Os castros de Vale de Águia e São João das Arribas, com ocupação proto-histórica, são casos notáveis de aproveitamento das defesas naturais da implantação vertiginosa sobre o Douro. O castro de São João, romanizado, está classificado como Monumento Nacional desde 1910.

Acesso: Miranda do Douro.
Ponto de partida: Sé Catedral de Miranda do Douro
Ponto de chegada: Sé Catedral de Miranda do Douro
Extensão: cerca de 23 km.
Duração: 8 horas.
Dificuldade: média
Apoios: Parque Natural do Douro Internacional – sinalizado com marcação pintada e presença de painel interpretativo em São João das Arribas. Entre Miranda do Douro e São João das Arribas o percurso coincide com a Grande Rota das Arribas e é apoiado pela sinalética correspondente à GR.

3 -Percurso da Cascata da Faia d’Água Alta

Este pequeno percurso permite admirar a paisagem característica das arribas do Douro. Tem como ponto de interesse principal uma cascata com cerca de 60 metros de altura. Para poder desfrutar totalmente deste percurso é imperativo efetuá-lo durante os meses mais chuvosos do ano, ou seja, entre novembro e abril.

Breve descrição: A partir do início do percurso, e se caminharmos para leste (no sentido dos ponteiros do relógio), atravessamos inicialmente a ribeira de Lamoso através do pontão pedonal e cerca de 100 m mais à frente descemos em ziguezague pela encosta.

Daí avistamos todo o vale da ribeira de Bemposta, com as suas vertentes cobertas de matos de giesta, zimbros Juniperus oxycedrus e azinheiras, regionalmente designadas por carrascos. Observam-se ainda olivais tradicionais e vestígios de azenhas e moinhos.

Acabada a descida, encontramos a ponte sobre a ribeira de Lamoso, de onde podemos observar a vegetação ribeirinha (dominada por freixos – Fraxinus spp.), as escarpas rochosas com cerca de 60 m de altura, e a própria cascata da Faia da Água Alta (durante os períodos mais chuvosos do ano).

A partir dessa ponte inicia-se a subida que encerra o circuito pedestre, no seu ponto mais elevado (a 510 m). Além das espécies vegetais já referidas, podem ainda observar-se nesta zona a cornalheira Pistacia terebinthus e o lódão-bastardo Celtis australis.

Quanto à fauna, encontram aqui refúgio a lontra Lutra lutra e o corço Capreolus capreolus, bem como o britango, o bufo-real, o grifo e a gralha-de-bico-vermelho, para referir apenas as espécies mais relevantes.

Acesso: a partir da povoação de Lamoso (Bemposta, Mogadouro).
Ponto de partida e de chegada: a partir da estrada, junto às placas do PNDI indicativas do percurso, entra-se num caminho de acesso ao percurso, com cerca de 1,5 km, que também é necessário efetuar a pé. No início do percurso encontra-se um pequeno abrigo de madeira.
Extensão: cerca de 600 m (3,5 km contando com o percurso de ida e volta desde Lamoso). Está previsto um percurso alternativo, mais longo, com ligação a Bemposta.
Duração: cerca de 30 min para o percurso propriamente dito. Contando com o acesso (ida e volta), cerca de 2 horas.
Dificuldade: média / elevada.
Cota máxima: 510 m.
Apoios: Parque Natural do Douro Internacional – abrigo de madeira, painéis informativos e corrimãos.

Parque Natural do Douro Internacional Percursos Pedestres 2

4 -Percurso Ribeira do Mosteiro – Calçada de Alpajares

Breve descrição: O percurso inicia-se na foz da ribeira do Mosteiro, seguindo para norte por caminho vicinal, atravessando a ribeira num pontão e continuando por caminho de pé posto até à Calçada de Alpajares, subindo esta até ao castro de São Paulito.

Continuando por caminho vicinal até ao Picão de Ana, daí descendo à ribeira através de calçada antiga e atravessando a ribeira pela ponte das Alminhas. Daí continuando pela calçada até ao local de Alminhas e seguindo para sul por pequena estrada municipal até ao primeiro ponto.

O percurso pode incluir dois itinerários alternativos, até à aldeia de Poiares (derivando do Castro de São Paulito) ou até ao Castro de Alva e povoação de Barca d’Alva (derivando da Foz da Ribeira).

Acesso: na estrada entre Freixo de Espada à Cinta e Barca d’Alva, desvie para a estrada do Candedo / ribeira do Mosteiro.
Ponto de partida e chegada: foz da ribeira do Mosteiro.
Extensão: 7,5 km.
Duração: 4 h. Dificuldade: média / elevada.
Apoios: Parque Natural do Douro Internacional – sinalizado com marcas e presença de painéis interpretativos.

Pode consultar aqui toda a informação sobre os outros parques naturais de Portugal.

Parque Natural Sintra Cascais, Parque Nacional Peneda Gerês, Parque Natural da Arrábida, Parque Natural Serras de Aire e Candeeiros, Parque Natural do Sudoeste Alentejano, Parque Natural da Serra São Mamede, Parque Natural da Ria Formosa, Parque Natural da Serra da Estrela, Parque Natural de Montesinho, Parque Natural do Litoral Norte, Parque Natural do Douro Internacional.

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