Parque Natural de Montesinho

Parque Natural de Montesinho

O Parque Natural de Montesinho fica situado no extremo montanhoso do nordeste de Portugal na chamada Terra Fria e engloba as serras de Montesinho e da Coroa. As temperaturas variam entre – 12º C e 40º C.

Actualmente os seus 74 200 hectares são repartidos entre os concelhos de Bragança e de Vinhais. Considerado área protegida fruto das condições ambientais e paisagísticas que guardam uma grande diversidade de ecossistemas, foi criado em 1979 e reclassificado em 1997.

Os valores socioculturais, a nível etnográfico, arqueológico e arquitetónico do Parque Natural de Montesinho também contribuíram para a sua classificação.

As altitudes do Parque Natural de Montesinho variam entre os 438 metros e tem altura máxima de 1486 metros na Serra de Montesinho. Por estas terras transmontanas, onde predominam os xistos, mesmo em percursos de poucos quilómetros, é possível encontrar uma vegetação diversificada.

Os bosques coloridos com urzes e giestas, os carvalhos e os castanheiros constituem focos de interesse. A diversidade dos habitats proporciona a presença de uma fauna bastante rica, com mais de 150 espécies de aves nidificantes.

As raças da região são o porco Bísaro, o cão de Gado transmontano, a Mirandesa e a Ovelha Galega.

Referencia especial para as aves de rapina, como são exemplos as últimas espécies da denominada águia-real. Destaca-se ainda a existência de uma das mais significativas populações do lobo da Europa. Em termos históricos, os vestígios mais antigos da ocupação do homem remontam ao século IV e início do III antes de Cristo.

Em gastronomia o fumeiro é rei nas mesas de Montesinho, não deixe de provar as várias especialidades feitas a partir de porco de raça bisara e visita à feira do fumeiro de Vinhais em fevereiro.

Parque Natural de Montesinho – Percusos Pedestres

1 -PR 3 Percurso do Porto Furado

Breve descrição. Este percurso circular, com cerca de 8 km, entrelaça-se com pequenos cursos de água que escorrem do alto da serra, indo engrossar a ribeira das Andorinhas, afluente do Sabor. A paisagem é profundamente marcada pelos afloramentos graníticos de formas arredondadas, emergindo por entre um coberto vegetal dominado por matos, manchas de carvalho-negral Quercus pyrenaica e por lameiros que ocupam as zonas ribeirinhas.

Acesso: Parque Natural de Montesinho – estrada nacional 103-7 a partir de Bragança.
Ponto de partida e de chegada: aldeia de Montesinho.
Extensão: 7,763 km.
Duração aproximada: 3h.
Dificuldade: média.
Cota mínima / máxima: 1000 m / 1280 m.

2 -PR 4 Percurso do Ornal

Breve descrição: O percurso estrutura-se em função do curso da ribeira de Ornal e de um troço do rio Baceiro, ao qual ela aflui. É um percurso fechado, com cerca de 8 km, que, saindo da aldeia de Vilarinho em direção a nascente.

Cruza a ribeira de Ornal para, em seguida, a acompanhar de perto, ao longo da sua margem esquerda, até à sua confluência com o rio Baceiro; este passa a ser a referência visual a partir deste ponto, desenvolvendo-se o percurso ao longo da sua margem esquerda para, mais acima, derivar na direção da aldeia, que lhe fica a levante.

A paisagem é marcada por um coberto vegetal dominado pelo azinhal nos solos mais esqueléticos e por extensas manchas de carvalho-negral Quercus pyrenaica ocupando as encostas, em cujo fundo se alinham dilatadas faixas de lameiros delimitados por espécies ripícolas, ao passo que nas rochas ultrabásicas do Sardoal se destacam azinheiras de porte reduzido e vegetação endémica específica

Acesso: Parque Natural de Montesinho – EN 308-3 e estradas municipais 503 e 1029 a partir de Bragança; ou EN 103 a partir de Vinhais.
Ponto de partida e de chegada: aldeia de Vilarinho.
Extensão: 7,92 km.
Duração aproximada: 3 h.
Dificuldade: média.
Cota mínima / máxima: 630 m / 860 m.

3 -PR 5 e PR 6 Percurso da Ribeira de Ladrões

Breve descrição. Este percurso desenvolve-se na freguesia de Vinhais, por entre paisagens naturais e agrícolas, começando na aldeia de Rio de Fornos e estruturando-se em torno de um troço da ribeira de Ladrões, afluente do rio Tuela.

Apresenta duas variantes desenvolvendo-se pelas duas encostas do vale. As variantes formam, por si só, percursos circulares, parcialmente coincidentes. A variante longa ‘PR 5 – Tapada d’À Ponte’, com cerca de 12 km, alcança a povoação de Travanca e a curta ‘PR 6 – Meiral’, com pouco mais de 5 km, circunscreve-se, praticamente, ao setor nordeste do território agrícola contíguo à aldeia de Rio de Fornos.

A paisagem é dominada por manchas extensas de carvalho-negral Quercus pyrenaica e por lameiros balizados por cortinas ripícolas (i.e. de vegetação da margem dos cursos de água) nas quais prevalece o freixo Fraxinus spp. e o amieiro Alnus glutinosa.

PR 5 – Tapada d’À Ponte
Extensão: 11,402 km.
Duração aproximada: 4h.
Dificuldade: média alta.
Cota mínima / máxima: 690 m / 950 m.

PR 6 – Meiral
Extensão: 5,641 km.
Duração aproximada: 2h.
Dificuldade: média baixa.
Cota mínima / máxima: 690 m / 820 m.

Parque Natural de Montesinho

4 -PR 7 Percurso da Calçada

Breve descrição: O percurso insere-se no limite setentrional da freguesia da Moimenta da Raia, oferecendo uma panorâmica da paisagem raiana que se abre acima da serra da Coroa, encravada em território espanhol.

É um percurso circular de cerca de 7 km que se desenvolve em função dos cursos do rio Tuela e, secundariamente, da ribeira da Anta, sua subsidiária. Antes de entrar nas encostas deste vale, decorre no vasto planalto que se estende a norte da povoação da Moimenta.

Ponto de partida e de chegada: aldeia da Moimenta.
Extensão: 7,272 km
Duração aproximada: 3h.
Dificuldade: média.
Cota mínima / máxima: 710 m / 940 m.
Apoios: Parque Natural de Montesinho – sinalização e folheto. Restaurantes na Moimenta e em Vinhais. Alojamento na Moimenta, em Casares, Vinhais ou nas Casas do Parque Natural ou em Casas privadas de Turismo.

5 -PR 8 Percurso da Malara

Breve descrição: O percurso de Pequena Rota (PR8) insere-se nas freguesias de Gimonde e de Baçal, oferecendo uma panorâmica da paisagem da Baixa Lombada, uma microregião situada entre os 530 e os 700 m, de marcada influência mediterrânica, drenada pelos rios Igrejas e Onor e pela ribeira de Labiados, integrados na bacia hidrográfica do rio Sabor e que a ele afluem em Gimonde, oferecendo a esta povoação um estatuto ribeirinho inigualável.

É um percurso circular de cerca de 12 km que se desenvolve pelos interflúvios criados por aquelas linhas de água, tendo como curso estruturante o Onor, ou Malara, designação que toma o rio no seu troço final.

Acesso: Parque Natural de Montesinho – estrada nacional 218 a partir de Bragança.
Ponto de partida e de chegada: parque de merendas de Gimonde.
Extensão: 12 km.
Duração aproximada: 4 h.
Grau de dificuldade: médio.
Cota mínima / máxima: 510 m / 665 m.

6 -PR 10 Percurso das Termas do Tuela

Breve descrição: O percurso estrutura-se em função de um troço da ribeira de Quintela, de um outro do rio ao qual aflui, o Tuela, e das encostas que, pelo nascente, se voltam para o vale drenado por esse mesmo rio e para os relevos da serra da Coroa, entre as aldeias de Fresulfe e de Dine.

Desenha um circuito fechado, com pouco mais de 8 km, a altitudes que oscilam entre os 650 m, no leito do rio Tuela, e os 820 m, em Fresulfe.

Atravessa várias realidades cenográficas, desde o mosaico agrícola próprio do aro imediato das povoações aos corredores ribeirinhos e prados naturais tributários das linhas de água, passando pelas terras próprias das culturas de sequeiro e por bosques de carvalho-negral Quercus pyrenaica, todas elas complementares nos contextos paisagísticos próprios da Terra Fria

Acesso: Parque Natural de Montesinho – estrada nacional 308-3 a partir de Bragança; ou estrada nacional 103 a partir de Vinhais.
Ponto de partida e de chegada: aldeia de Dine.
Extensão: 8,165 km.
Duração aproximada: 3h.
Dificuldade: média.
Cota mínima / máxima: 650 m / 820 m.

7 -PR 11 Percurso de Tresmonte

Breve descrição: O percurso desenvolve-se na área nascente do termo da aldeia da Gestosa, cruza a ribeira do Covo, desce ao rio Rabaçal e, na maior parte do seu trajeto, oferece uma panorâmica sobre o vale drenado por este rio.

É um percurso circular, com cerca de 9 km, com altitudes que oscilam entre os 498 m, junto à ponte de Gestosa, e os 770 m, na Quinta de Tresmonte.

A paisagem é marcada por quadros que vão desde os matos de giesta Cytisus spp., urze Erica spp. e carqueja , nos solos mais esqueléticos, ao mosaico agrícola na envolvente da povoação, passando pelas terras próprias das culturas de sequeiro, pelos soutos, vinhas e galerias ripícolas.

Acesso: estrada nacional 103 a partir de Vinhais.
Ponto de partida e de chegada: Parque Natural de Montesinho – Aldeia da Gestosa.
Extensão: 9,168 km.
Duração aproximada: 3h.
Dificuldade: média.
Cota mínima / máxima: 498 m / 770 m.

8 -PR 13 Percurso da Fraga do Coelho

Breve descrição: O percurso inscreve-se no termo da aldeia de Caravela, em plena microrregião da Alta Lombada, oferecendo uma panorâmica breve da paisagem planáltica e da rede natural de drenagem do seu lado ocidental, associada a afluentes do rio Onor.

É um percurso circular, com cerca de 13 km, entrelaçado com pequenos afluentes, associados a alguns declives do planalto, que engrossam a ribeira de Labiados, cujas águas se encaminham para o rio Onor, subsidiário do Sabor.

A paisagem das áreas aplanadas é profundamente marcada pelo mosaico agrícola e por contrastantes relevos residuais, sendo as áreas mais excêntricas e vertentes associadas à rede hidrográfica ocupadas por matos (urze, carqueja, esteva, giesta) e por manchas de carvalho-negral e de carrascos, bem como por lameiros associados às orlas ribeirinhas.

Nome: Percurso pedestre da Fraga do Coelho;
Localização: Parque Natural de Montesinho – União das freguesias de S. Julião de Palácios e Deilão;
Percurso: Pequena Rota (PR);
Âmbito do percurso: Paisagem natural e agrícola;
Distância: 12 km
Duração aproximada: 4 horas;
Grau de Dificuldade: médio;
Cota mínima/máxima: 700 m / 933 m.

9 -PR 14 Percurso do Castro

Breve descrição: O percurso inscreve-se no termo da aldeia de São Julião, situada na parte meridional da microrregião da Alta Lombada, oferecendo uma panorâmica breve da parte oriental da superfície planáltica, bem como das vertentes voltadas ao rio Maçãs, que estabelece a fronteira com Espanha.

É um percurso circular, alongado, com cerca de 17 km, irradiando do interior do planalto para percorrer o seu rebordo, interceptando ou acompanhando parte do curso das ribeiras de Rebordinhos, Cerdeira e Carrazedo, bem como pequenos córregos seus tributários, os quais drenam as encostas que modelam a sua morfologia oriental.

O mosaico agrícola e as lameiras marcam o aro mais imediato à aldeia de São Julião que, mais longe, cedem lugar a extensos matagais (mormente estevais, mas também urzais e giestais) e áreas de floresta, por entre os quais também se descobrem distintas áreas de lameiros que fazem o aproveitamento da maior profundidade dos solos e da disponibilidade de água associada a caudais de regimes variáveis.

Nome: Percurso pedestre do Castro;
Localização: Parque Natural de Montesinho – União das freguesias de S. Julião de Palácios e Deilão;
Percurso: Pequena Rota (PR);
Âmbito do percurso: Paisagem natural e agrícola;
Distância: 17 742 m;
Duração aproximada: 5 horas;
Grau de Dificuldade: médio alto;
Cota mínima/máxima: 634 m / 880 m.

Pode consultar aqui toda a informação sobre os outros Parques Naturais de Portugal.

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