No Parque Natural da Serra da Estrela, a Serra da Estrela é a principal montanha de Portugal Continental e aqui se encontra o ponto mais alto do território na Torre com os seus 1993 metros de altitude.
O Parque Natural da Serra da Estrela com 88 850 hectares alberga uma paisagem variada de lagoas e pastagens, turfeiras, carvalhais, mato e floresta de produção.
A geologia é marcada pelos granitos, xistos e inúmeros vestígios da última glaciação, aqui nascem os rios Mondego, Alva e Zêzere.
A Fauna do Parque inclui grande numero de mamíferos e aves, salientando-se pela sua importância e diversidade os pequenos repteis e anfíbios com espécies endémicas. Com valores naturais relevantes, incluindo algumas espécies de flora únicas no país, nos animais destaca-se o lobo, o javali, a lontra, a raposa, a lagartixa-de-montanha, a geneta e o coelho-bravo-europeu entre outros
O povoamento é essencialmente periférico com alguns casais isolados e interessantes exemplos de arquitetura popular. A Serra sempre foi marcada pela pastorícia desde tempos memoriais até agora e dois dos seus ex-libris são o Cão da Serra da Estrela e o famoso queijo da Serra da Estrela, diretamente associados a esta atividade.
A importância do Parque Natural da Serra da Estrela faz com que seja Reserva Biogenética. Em 2000, foi designada como Sítio de interesse biológico e passou a integrar a Rede Natura 2000.
O Parque Natural da Serra da Estrela fica no centro interior de Portugal essencialmente no distrito da Guarda e também no distrito de Castelo Branco.
Alguns locais de vista obrigatória é o centro de interpretação da Serra da Estrela, a Torre, O vale Glaciar do Zêzere, Loriga, Covão Grande e Covão do Urso. Em baixo estão disponíveis alguns dos trilhos pedestres de montanha para se apreciar os maravilhosos cenários Naturais, ver os rebanhos guardados pelos cães da Serra da Estrela.
Os produtos mais caraterísticos é o queijo da Serra da Estela, o Requeijão, o Borrego, o Burel, o Arroz de Carqueja e a Cereja da Cova da Beira.
Percursos Pedestres no Parque Natural da Serra da Estrela
1- PR 1 Rota dos Galhardos
A rota dos Galhardos é um percurso pedestre de pequena rota (PR), que se realiza em plena serra da estrela e que envolve apenas a freguesia de Folgosinho, como ponto de partida e de chegada. Alguns afloramentos rochosos vão competindo com a vegetação, o que proporciona descobrir alguma flora típica da região.
Partindo do Largo da Fonte em direcção à serra, logo chegamos ao largo dos “lavadouros públicos”. Aqui encontramos um painel referente ao percurso, que será de consulta obrigatória. É junto aos tanques que começa a denominada “Rota dos Galhardos”, trata-se de uma calçada construída durante a ocupação romana.
Após passarmos o campo de futebol e alguns metros depois, entramos verdadeiramente na Calçada dos Galhardos, encontrando a primeira das quatro casas de abrigo mandadas construir por João de Vasconcelos nos anos quarenta e que serviam de refúgio às intempéries a quem vinha ou ia para a serra, vinha com rebanhos e espigas de centeio, carregadas em carros puxados por bois.
Entre sombra de castanheiros e carvalhos, podemos olhar ainda os campos sempre verdes e, de quando em quando, o trabalho árduo de homens e mulheres, que souberam com mestria buscar nas encostas um punhado de solo fértil para o pão de cada dia.
Por fim, é a chegada à Vila e depois de se reporem energias numa qualquer simpática tasquinha, vale sempre a pena uma última visita pelo povoado, que alguns acreditam ter sido o berço de Viriato.
Ponto de partida e de chegada: largo da fonte, em Folgosinho.
Extensão: cerca de 11,2 km.
Duração: 3h30min.
Tipo de percurso: de pequena rota, por caminhos Tradicionais.
Nível de dificuldade: médio, acessível a todos.
2- Trilho das Ladeiras
O trilho das ladeiras é um percurso pedestre de Pequena Rota (PR) marcado e sinalizado de acordo com as directrizes europeias e nacionais. Este “trilho” é o primeiro percurso pedestre integrado na Rede Municipal de Celorico da Beira, promovida pelo Município.
O Castelo de Linhares é ponto obrigatório de visita, pois no seu interior musealizado, podemos de modo virtual fazer um voo de parapente, bem como visitar virtualmente a região com recurso ao sightseeing, bem como ao fotomaton.
Depois desta visita que abre o apetite para o conhecimento deste território, iniciamos o percurso em sentido descendente seguindo por um velho carreteiro (caminho que permitia a passagem dos carros de tracção animal) que desemboca na estrada de acesso à aldeia e continuamos em frente pelo caminho em terra de acesso aos campos de cultivo.
Nas bordaduras deste caminho agrícola destacam-se, entre muitas outras, as espécies autóctones como o pilriteiro (crataegus monogyna), pevinca ou boas – noites (vinca minor), violeta –brava (viola palustris).
Nome do Percurso: Trilho das Ladeiras
Localização do Percurso: Linhares da Beira
Percurso: Pequena Rota
Âmbito do Percurso: Histórico-Cultural
Distância do Percurso: 4,0 km
Duração do Percurso: 3h30m
Grau de Dificuldade: Fácil
Cota Máxima de Altitude: 810 metros (Castelo)
3- PR 2 CVL Fontes
DESCRIÇÃO DO PERCURSO: O percurso pedestre de pequena rota(PR2) é um traço de união entre a urbe e a montanha. Faz-nos recordar tempos em que por toda a Serra ecoava o balir das ovelhas encaminhadas por pastores e protegidas por corpulentos cães.
Também outrora da cidade subia um rumor feito de trabalho, onde em torno da lã se teciam vidas.
A Rota parte da freguesia de Cantar Galo cruzando alguns trilhos antes calcorreados por gentes que vinham das aldeias recônditas da Serra à procura de um escasso ganha-pão.
Atravessamos pequenas veredas, por entre muros que acolhem líquenes e musgos. Na subida, em direcção ao Parque do Pião, a paisagem é repleta de contrastes.
Ora florestas de castanheiros e carvalhos, pinhais e matos ora zonas rochosas dominadas pelo granito.
Por todo o caminho, sobretudo quando a secura do Verão ainda não abrasou a Serra, abundam pequenos ribeiros e nascentes de água.
À medida que o percurso sobe, os horizontes rasgam-se. Quanto mais longínqua a cidade da Covilhã, mais larga a vista sobre a planície da Cova da Beira. Olhando mais longe, sobretudo nos dias limpos, a paisagem é imensa e deslumbrante: desde a serra da Gardunha a Sul, à serra da Malcata a Leste.
No limite do horizonte as longínquas serras de Espanha.
4- PR 3 Trilho das Fragas
Descrição do Percurso: O Trilho das Fragas une Verdelhos e Vila do Carvalho. Partindo desta última em direcção à Portela penetra-se numa densa floresta de pinheiros bravos. Aproveitam-se os caminhos pedonais antigos para se chegar ao Tiro de Barra, local de fronteira entre as duas freguesias e que nos oferece uma paisagem deslumbrante de montes que serpenteiam até a um horizonte longínquo.
É então que começa a descida para Verdelhos onde vamos encontrar uma pequena barragem que, além de nos retemperar o corpo nos alenta o espírito. Depois de alguns quilómetros mergulhados no intenso verde da floresta, deparamo-nos com os prados que acompanham o rio Beijames onde velhos moinhos de água nos recordam saberes ancestrais.
Chegados a Verdelhos encontramo-nos em pleno vale de Beijames onde abundam os pontos de interesse com o Aguilhão, uma formação rochosa de extrema beleza. Na Fonte Serra é novamente tempo de parar e apreciar a magnífica vista sobre a Cova da Beira alongando o olhar até terras de Espanha.
O regresso à Vila do Carvalho é a continuação deste deslumbramento.
Acesso: Covilhã – Vila do Carvalho.
Ponto de partida e de chegada: opção 1 – Vila do Carvalho / Verdelhos; opção 2 – Verdelhos / Vila do Carvalho.
Extensão: cerca de 25 km.
Duração: 5h.
Dificuldade: média.
Pode consultar aqui toda a informação sobre os outros Parques Naturais de Portugal.
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